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Wednesday 27 May 2009

Io ho paura de babo natale...

Oi, meu povo...

Coloco aqui - depois de tentar fazer o download no youtube desde dezembro - meus aluninhos mais novos (5 aninhos)

Alberto, Giulia (loirinha) e Federica.
O Albe não tá mais com a gente. Ele é mais conhecido aqui em casa como "comedor de cola" (aquelas Pritt), e quando a cola dele acabou, "comedor de meleca". (acho que dispensa explicações, né? =P)

Bom, de qualquer forma, são meus xodós... Amo, amo de paixão.
Fica aqui a "discussão" (papo-cabeça mesmo) sobre a Giulia ter medo de Papai Noel.

Beijo grande, com amor. Deus nos abençoe.
Dani.

p.s. Xu, "traduz" o papo aí.. hehe


Wednesday 6 May 2009

"NEWticias velhas"... =P

Ok, ok... Sei que tou devendo um monte, mas tentem entender... agora não dá mais pra chegar em casa e ir direto pra net postar no blog... Tem tanta coisa pra fazer... E a nossa net é demoraaaaaaaada....

Já contei de Napoli, passei correndo pra falar do terremoto... Aliás, ainda estão achando mais mortos, infelizmente. E eles ainda estão sofrendo com mais tremores... Deus os abençoe muito.

Bom, hoje (que eu não sei exatamente que dia vai ser, haha) vou falar um pouquinho mais do que tem por aqui em volta. Nem só de Napoli vivem os Napolitanos (e a brasileira e o galês aqui!).

No final de março, Richard e Graham estiveram aqui por 3 dias. O Graham tinha como motivo principal subir ao Vesúvio. Nós, é claro, não achamos nem um pouco ruim, porque estávamos só esperando eles virem, pra poder subir também. Pegamos um trem pra Erculano e chegando lá tivemos de “alugar” uma excursão. Na verdade é uma van, que te leva até uma certa altura, à entrada do Vesúvio. Pagamos 16 euros pela van e pela entrada. Detalhe: as nossas carteirinhas de professor não serviram pra nada aqui... humpf!

Ao entrar no “parque”, vamos subir... Um senhorzinho oferecia tipo umas bengalas pra ajudar na subida, em troca de uma “gorjeta” qualquer no final. Morri de dó. Ainda não me conformo de ver velhinhos tão velhinhos trabalhando assim, a troco de migalhas... Enfim, tem zilhões de turistas, né? Então deve pelo menos matar a fome, coitado.

A subida.... Mamma mia! Que subida! O Gray e o Craig subiram correndo que nem duas crianças. O Rich, diabético e quase tendo um infarte, indo devagar quase parando. E eu fiquei pra trás com ele, pra ajudar qualquer coisa. (ainda bem, senão tinha morrido... haha). Eita subidona... Mas cada curva, cada parada pra respirar direito (e esperar o Richard), era uma surpresa. Dava pra ver o Golfo de Napoli todinho e também a península sorrentina, as ilhas de Capri, Ischia e Proscida. Ah, e todas as cidadezinhas ao redor do Vesúvio. Muito lindo. E valeu mais a pena ainda quando cheguei na cratera. O Craig já tava lá em cima, esperando a gente. Meu Deus, quanta emoção! Pode parecer bobo, mas nunca na minha vida, nos meus sonhos mais doidos (e mamãe, papai, Bel e Xu sabem o quanto já sonhei, né?) imaginava que ia estar no topo do Vesúvio um dia!!! Ou em Pompéia, Erculano, Coliseu, Vaticano... coisas que via em meus livros de história e me parecia tão longe, tão irreal. Bem, nada é irreal, sonhar vale a pena, e muito. Mesmo quando não se tem idéia de como os sonhos vão se realizar. Minha sugestão é SONHE, e SONHE ALTO!!!

Bem, chegando à cratera, fiquei embasbacada! Ouvi um guia falando que o topo do vulcão (que geralmente tem a boca em forma de um cone) “desabou” com a erupção de 1944, por isso ele é meio “amassadinho”. O Richard deu tipo uma mini-aula pra gente, porque ele se formou em geologia. Perguntei uma pá de coisas... mas não me lembro mais... hihi

As fotos... VESÚVIO!!!!





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Outro lugar interessantíssimo que fomos, esse aqui em Napoli mesmo, foi a “Napoli Sotteranea”. Sim, uma Napoli debaixo da Napoli! Doido, né? Então, são ruínas do tempo dos gregos, que os romanos construíram por cima e hoje andamos em cima de tudo.

O primeiro lugar que visitamos, era parte de um Teatro Greco- Romano. A família morava sobre ele há anos, e nunca descobriram nada até os anos 80, acho, quando os arqueólogos desconfiaram que o teatro estava ali embaixo da casa e resolveu escavar. Imagina só, morar em cima de um teatro construído no séc. IV antes de Cristo!!!! Até o imperador Nero se apresentou ali!

Em seguida fomos à uma outra parte subterrânea. As primeiras escavações datam de 5.000 anos atrás, no final da era pré-histórica. Depois disso, os gregos escavaram fundo para retirar os blocos de pedras com os quais construíram os muros e templos de Napoli, no séc. IV antes de Cristo.

Durante a Era Augusta, os romanos continuaram cavando, criando um aquaduto de 400 km. No séc. XVII, a cidade cresceu e o aquaduto Greco-Romano teve de ser “alargado” (não alagado, mas “engrandecido” ). Em 1629 eles construíram um novo aquaduto. Mas em 1884, houve uma epidemia de cólera e os aquadutos tiveram de ser fechados de vez. No começo do séc. XX, pararam de escavar e o que sobrou foram 2 milhões de metros quadrados de espaço vazio, túnels e cisternas. Porém, durante a 2ª. Guerra Mundial, os napolitanos usaram essas cavernas como abrigos anti-bombardeios. Havia outros “abrigos” como esses por toda a cidade e em cada abrigo cabiam +/- 3.000 pessoas. Quem ia pra lá?? Os primeiros que chegassem, ficavam...

Foi muito legal passear por lá. De novo, nunca imaginava que isso existia. É muita história em um lugar só. Se as aulas fossem só em museus e outros lugares como esse, acho que daria pra cobrir todo o conteúdo da história antiga! Os alunos daqui são sortudos... Podem conferir praticamente tudo in loco! 

Teve uma parte lá em baixo, que tivemos de andar por um corredor minúsculo e estreitíssimo. Escuro, tínhamos só uma vela pra cada pessoa. Foi meio “apavorante”, mas graças a Deus não sou claustrofóbica. Fico imaginando o tanto de coisa que teria perdido! Obrigada, Deus, por eu ter uma saúde tão normal e boa! 

As fotos...






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Palácio Real de Caserta, o Palácio de Versailhes da Itália.

Outro lugar lindo que a gente foi... Meu Deus, pra que tanto?, é só o que me pergunto às vezes... Tanta gente com tanto dinheiro, tanta gente sem nada! Dá tristeza de pensar que foi sempre assim!
Esse palácio, se não me engano foi da Dinastia Bourbone. O Rei Ferdinando morou aqui. (aliás, posso ser ignorante, mas não tinha idéia que a Itália tinha rei até na época da 2ª. Guerra Mundial! Tá certo que ele vazou na época da guerra, aquele covarde! haha)
O palácio demorou 22 anos pra ser construído (as obras começaram em 1759) e 3000 prisioneiros e escravos muçulmanos o construíram.. Resultado final: 249m de largura, 2.000 janelas e 1.200 cômodos, espalhados por 5 andares. O parque ao redor (“jardim”) tem 120 hectares! Ah, e também tem um teatro. Teatro Palatino.
É maravilhoso. A decoração, as obras de arte, as estátuas, esculturas... tudo. Mas o que impacta mesmo é o “jardim” super modesto. Pelas fotos dá pra ver que é SUUUUPER longo... E ao final, tem uma cascata de 80m de altura. Ao pé da cascata tem a Fonte de Diana, que conta a estória de Actaeon, que foi transformado em um cervo por ter sido pego espiando a deusa nua.
Algumas fotos....





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Roma

Me desculpem, mas não tenho um guia de Roma, então o que vou dizer são só minhas impressões e do Craig.
Bem, Roma... se antes estávamos desiludidos com a Itália (por causa de Napoli), acabou a desilusão esse fim de semana! Roma é a cidade mais linda que eu já visitei!!! Como já disse antes, é uma aula de história em cada canto.
É como estar entrando e saindo, a toda hora, de uma máquina do tempo.
Estávamos tão ansiosos pra ir a Roma. Primeiro, pra pegar as coisinhas que mamãe, papai,Bel e Xu mandaram, e ler as cartinhas (sim, eu tinha certeza que as cartinhas viriam! Aliás, Xu, chorei mais uma vez quando li a sua! Pentelhinha... que saudade de vcs!). A nossa anfitriã, uma fofa. A Virgínia nunca tinha visto a gente, nos acolheu com um carinho de irmã. E deu dicas, e fez pão de queijo e bolo de cenoura! Ví, show de bola! Grazie mille!!! =D

Chegamos. Pegamos deixamos a mala no locker e fomos passear. Primeira parada: Coliseu. A máquina do tempo entrou em ação pela primeira vez. Saímos da estação do metrô... olha ele lá! Que loucura, gente! Não dá pra acreditar! Grande, majestoso. Só isso posso dizer. Na verdade, eu e o Craig chegamos à conclusão que é mais bonito de fora que de dentro. Quando a gente entra, parece que acaba um pouco a fantasia, sei lá. Entramos “na faixa”. Quero dizer, é que compramos um “Roma Pass”, que dava direito de entrar nos 2 primeiros lugares de graça e também todo o transporte na cidade. Pagamos 23 euros cada pass, e adivinhem.. Entrada pro Coliseu: 22 euros!!! Pra nós... nadinha!!! uhuuuu!!!


Ao redor do Coliseu, um monte de ruínas. Foro romano, um arco parecido com o “Arco do Triunfo”, Igrejas, etc. Mas a gente não ficou lá muito tempo, a gente tinha outro lugar muito especial pra visitar....
VATICANO!!!! Ai, que emoção, mais uma vez. Nunca imaginei que estaria ali, olhando pra janelinha do Papa (que não estava, infelizmente. E não foi falta de esperar. Voltamos à praça São Pedro 3 vezes depois, e nada. E era sexta-feira santa! Fica pra próxima.). Pegamos a fila pra entrar na Basílica, que é ENORME! Segurança, que nem em aeroporto. Passa bolsas por raio-X, detector de metal e tudo. Mas vale a pena, porque estar lá dentro é um sentimento sem explicação. As pinturas, esculturas, o altar... Tudo muito lindo, muito santo, muito... Entramos em uma Capela que só podia entrar pra rezar. Pensei que era adoração e puxei o Craig. Passei pelo segurança e ele não queria deixar a gente entrar. Perguntei: Adoration? E ele deixou a gente passar. Me emocionei muito ali dentro. O Craig disse que sentiu o coração dele bater como nunca. Orei em línguas, como há muito não fazia. Senti uma paz que infelizmente não se sente em qualquer lugar. Me confessei na Basílica, coisa que não fazia desde que saí do Brasil, na sexta-feira santa. Que bênção, que emoção, mais uma vez... Me senti nova!

Depois da Basílica, a visita à Cripta, aos túmulos dos Papas. Um lugar tão lindo, tão rico de história e de emoção. Não acreditei quando passei pelo túmulo de João Paulo II. Me emocionei muito. Pensei no ano de 2005; na direção que minha vida começou a tomar naquele ano, SÓ porque eu queria ver o Papa. Tudo começou ali. E eu nem cheguei a vê-lo, não vivo. Agradeci assim mesmo. Senti um ar de santidade ali dentro. Li sobre todas as coisas que o Papa Pio fez; as inscrições de frases que ele disse, sobre deixar tudo o que ele estava construíndo para seus sucessores.... Que serviço belo!

Mas ainda faltava a tal da Capela Sistina... “Não pode deixar de visitar a Capela Sistina, hein?” Ok, mas onde é que tá essa Capela, pelo amor de Deus? Perguntava ao Craig :”Angel, será que eu tou tão passada que nem consigo achar a Capela Sistina?”. E tava meio com vergonha de perguntar pra alguém, mas daí quando perguntei, disseram que era no Museu do Vaticano. Então vamos lá, né?

Chegando lá, surprise, surprise... Nosso Roma Pass não valia! Como disse o cara da bilheteria: “ROMA Pass. Aqui é Vaticano.” Eu não acreditei... ahn??? A facada.. 14 euros pra entrar. Craig e eu olhamos um pro outro... “Vale a pena”. E lá fomos nós. O museu é muito bonito. As pinturas... lindíssimas. Uma eternidade pra chegar na Capela, e quando chegamos, o teto é TODO pintado! O “Dedo de Deus” é um pedacinho só do teto. O que chamou a nossa atenção foi o “Julgamento Final”, que toma toda a parede da frente da Capela. Lindíssimo!! Ficamos impressionados.

Também no Museu do Vaticano, exposições egípcias e etruscas (não me lembro das minhas aulas de história tanto assim, mas muito legal). Uma múmia de verdade, esculturas e peças de trocentos anos antes de Cristo... Máquina do tempo, mais uma vez.

Na noite de sábado, a Virgína fez um jantar pra gente. A gente tinha comprado vinho e flores pra ela. O amigo dela foi jantar com a gente. E depois ele levou a gente pra passear em Roma de noite. O lugar mais legal que fomos. Chegamos num ruazinha sem saída, onde foram construídas as primeiras Igrejas. Tinha uma porta que todo mundo ia lá pra olhar no buraco da fechadura!!! Pensei, ma que!!! Se chama “Buraco de Roma”. Quando se olha por ele, dá pra ver a cúpula iluminada da Basílica de São Pedro!!! Fiquei encantada!





Ah, um último detalhe engraçado que esqueci de contar... Sobre a Fontana de Trevi. Pegamos a direção errada e chegamos numa praça com uma fonte digna de uma praça Sérgio Pacheco (em Uberlândia). Pensamos... é isso??? Decepção. Quando achamos a fontana certa... o queixo caiu... Sem palavras pra explicar. Vejam as fotos. hehe

Não jogamos a moedinha na Fontana de Trevi. Dizem que pra voltar a Roma deve se jogar uma moeda de costas. Bem, tenho certeza que voltaremos a Roma. Não se vê Roma com pressa, em um fim de semana. Uma cidade de sonho, a “Cidade Eterna” que se demora realmente uma vida toda pra conhecer.





Ah, esqueci do Panteon... Outra viagem na máquina do tempo. Procurando, procurando... quando viramos a esquina... PUM! Tava ele lá!
Beijo grande, com amor, e saudade sempre.
Deus nos abençoe.
Dani e Craig.